sábado, 30 de outubro de 2010

Depressa, Devagar

Imagem do livro Depressa, Devagar de Isabel Minhós
Martins (texto) e Bernardo Carvalho (ilustração). Na capa, uma
criança sorridente acena e desdobra-se consoante
depressa, ou devagar.
























O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.
 

Nas voltas do tempo, este conhecido trava-línguas pode bem vir à memória com a leitura de Depressa, Devagar de Isabel Minhós Martins (texto) e de Bernardo Carvalho (ilustração), editado pela Planeta Tangerina e reconhecido com o Prémio Nacional de Ilustração 2009. Porque é de tempos que nos fala este livro:
«Podemos não ouvir o seu tiquetaquear, mas a verdade é que os relógios estão ao virar de cada esquina. De manhã ao deitar, são implacáveis a medir o tempo, fazendo-nos correr, esperar e desesperar quando menos nos apetece.
 

Neste livro, um menino fala da descoberta desses dois tempos: o tempo exterior que “passa por uma máquina de contar”, capaz de fazer “contas aos segundos e marcar os dias sem enganos”, e o outro tempo, o tempo interior e infinitamente elástico onde cabem brincadeiras, devaneios, pensamentos e passeios.

Lá fora, o tempo corre de uma maneira; cá dentro de outra. Nem sempre é fácil estar ao ritmo certo... por isso “depressa” e “devagar” são duas das palavras que este menino ouve mais vezes ao longo do seu dia...
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Tempo cronometrado, experiência do tempo e duração podem manifestar-se em pequenos e grandes momentos ao longo do dia de uma criança. E afinal, ler, aprender e falar também podem surgir mais depressa, ou mais devagar.